domingo, 30 de dezembro de 2012

Desandanças.



  DESANDANÇAS


Sou desde cedo incompleto
perto de estar descontente
busco no todo e no sempre
tomar um tento do incerto.

Esgrimo por entre as gentes
conserto meus desconcertos
e eu tento, de todo jeito,
manter um sonho por perto...

Disfarço meus embaraços,
enfrento mil contratempos
Num tempo de pouco tempo
Contemplo o pouco que faço.

Mas inda trago esperanças
que a sorte um dia me alcance
onde, apesar de impedâncias,
eu possa dançar...e não dance!



Poema de: Altair de Oliveira, In: "O Lento Alento".
Ilustração: foto de estatueta de "Degas".

Altair de Oliveira - In- O Lento Alento