sábado, 5 de junho de 2010

***


AO FIO DA MEADA


Queremos do mesmo sonho

e não sabemos

buscar urgentes e unidos

o mesmo prêmio

Que ponha fim ao cansaço

que escadeira

e esclareça o real,

tão obsceno!!!


O que castre o poder

daqueles que atrofiam

e que desintegre as idéias

que aprisionam

e que ponha à procura

os que esperam...

Mas que faça encontrar

os que procuram.

E que traga a colheita

aos que cultivam

para que tudo entre todos

se reparta

até que nas mesas fartas

falte a fome...

e a vontade de rir

assalte as caras.


Altair de Oliveira – In: “Curtaversagem ou Vice-versos”.


Ilustração: o mural "Guerra", de Cândido Portinari.

2 comentários:

  1. Belíssimo poema!
    Que a arte floresça sempre em todas
    as realidades.
    Altair,parabéns pelos blogs.
    Dalva Contar.

    ResponderExcluir
  2. Hey Dalva: dizem que a arte é um lenitivo para as asperezas da vida, né? Um Lento Alento, eu diria! Thanks pelo carinho, poeta!

    ResponderExcluir